O australiano Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, disse nesta terça-feira (11) que seu portal - famoso por publicar documentos secretos de governos e empresas ao redor do mundo - passa por dificuldades financeiras e "não conseguirá sobreviver se continuar desta maneira".
Em entrevista à rádio francesa Europe, Assange - que se apresenta nesta terça-feira a um tribunal de Londres, no Reino Unido, para mais uma audiência sobre sua possível extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais - afirmou que o site está em situação crítica.
- Não conseguiremos sobreviver se continuarmos desta maneira.
O WikiLeaks provocou a ira dos Estados Unidos ao divulgar milhares de documentos confidenciais de embaixadas americanas em todo o mundo, causando constrangimento à administração de Barack Obama.
Assange disse à rádio francesa que seu site, mantido por doações, não têm obtido acesso ao dinheiro enviado por apoiadores ao redor do mundo.
- O dinheiro dos doadores tem dificuldades para chegar até nós porque todas as nossas contas estão bloqueadas. Calculo que estejamos perdendo 500.000 euros (mais de R$ 1,09 milhão) por semana. Mas vamos tentar nos recuperar.
Assange, que está em liberdade vigiada, afirmou à mídia suíça que seu site tem prejuízo de mais de R$ 1 milhão (480.000 euros) por semana desde o começo da divulgação das mensagens diplomáticas americanas.
O australiano aguarda a decisão da justiça britânica sobre um pedido extradição emitido pela Suécia, onde é processado por "agressões sexuais". A data do julgamento deve ser decidida em Londres nesta terça-feira.
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